quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

mãe

Hoje eu acordei pensando em minha mãe, sentindo-a.

Não cheguei a conhecê-la direito.

Quando ela transformou-se em estrela minha cabeça era nova demais,

egoísta demais,

e não enchergava nada além da ponta do meu nariz.

Conhecia a mãe que ela era,

mas fiquei longe de saber que pessoa estava por trás disso tudo.

Gostaria de ter conversado sobre seus medos, angústias e ilusões.

Sobre seus desejos profundos,

seus erros mais escabrosos.

Se ela ainda estivesse neste plano eu aprenderia a mecher com a terra e com as sementes
para construir-mos juntos um jardim muito bonito.

Sentaríamos sob a sombra de uma caramboleira e trocaríamos idéias sobre nós e o mundo,

de receitas de doces aos giros da Terra,

passando por Maria Bethânia e cigarros.

O amor que sinto por ela e o amor dela por mim existirá para todo o sempre,

desrespeitando com graça os limites impostos pela existência dos corpos.

3 comentários:

  1. Que lindo Ra. Eu tb acredito que o amor ultrapassa todos os limiites deste mundo. Beijos, saudade menino! Adorei o blog

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  2. Genial mano, se manda demais.

    realmente esse amor ultrapassa os limites materias e muito mais!

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