"dos dedos de quem escreve saem coisas que viram outras na cabeça de quem as lê. nos olhos de quem olha brilham mantras de um vida toda, pedaços de mosaico, agentes do instante, intrigante curiosidade despertada por um rabo de olho nú. é claro que tem muito chão, e tem muito chão, mas tem nuvem também. equilíbrio."
"Amor
Em tanto tango
Costura retalhos
Dessa vida maluca.
É tanta textura
Tintas e formas e bolhas
Tolas de tão sérias
Amigas de tão mudas
Lindas.
O sabor dos passos
Podem crer
Meus amigos
Está ao alcance
Da língua."
"HÁ! A moda.......................A moda é um bagaço. Sabe? Bagaço de fruta? De laranja? Então.....é isso. Daí de vez em quando vem alguém e joga um açuquinha em cima, da uns tapa, e tá lá, o bagaço todo "original". Tem gente que acha né, acha que é novo, pessoal, tem que afirmar, tão seguro. Idéia, roupa, música, jeito, medo, mania, palavra. É tudo bagaço, tem problema não! Mas tem que saber que é bagaço, senão um dia a cara quebra.....tem jeito não."
- Felícia Alves -
"muitas vezes, a razão é um bêbado de salto alto sobre um chão de lama e pedras escorregadias. da sua garrafa ele beberica certezas, convicções, idéias que são como animais empalhados: um dia foram bichos vivos, dinâmicos, sedentos e desconfiados. hoje são apenas pose em verniz lustroso, com aquela cara de combate imóvel, mostrando os dentes e com a pele impermeabilizada. esse não aprende mais nada."