sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Venta


Venta, e é cinza o tempo.

Venta e giram ventiladores desligados,

tapetes tomam vida,

portas vão e vem ou batem,

plantinhas dançam.

Venta mas o barulho dos homens é o mesmo.

Buzinas dos carros pequenos sobre os freios dos ônibus e caminhões.

Motos magrelas ecoando por detrás dos muros de prédios, salões de comércio barato e calvos campos de futebol esquecidos pelos moleques da rua.

Maritacas cantam, claro, uma aqui e outra lá, não estão em bando dessa vez.

Será que elas sabem das mudanças?

Será que as maritacas tem esperança?

São 13:55 parecendo 16:55

Venta

Já não é mais tão cinza o tempo.




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