Venta, e é cinza o tempo.
Venta e giram ventiladores desligados,
tapetes tomam vida,
portas vão e vem ou batem,
plantinhas dançam.
Venta mas o barulho dos homens é o mesmo.
Buzinas dos carros pequenos sobre os freios dos ônibus e caminhões.
Motos magrelas ecoando por detrás dos muros de prédios, salões de comércio barato e calvos campos de futebol esquecidos pelos moleques da rua.
Maritacas cantam, claro, uma aqui e outra lá, não estão em bando dessa vez.
Será que elas sabem das mudanças?
Será que as maritacas tem esperança?
São 13:55 parecendo 16:55
Venta
Já não é mais tão cinza o tempo.
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