sexta-feira, 18 de março de 2011

Manaus

No meio da floresta cresce uma clareira.

O cimento e o asfalto avançam para que os "civilizados" que aqui chegam não sujem os pés no chão.

Do alto da sacada vejo homens de vermelho, azul e capacetes

Levantando torres, muros, palacetes

Quebrando pedras, martelando tábuas, corrigindo corre-mãos.

Vejo punhados de um denso verde apertados entre as construções,

eles parecem contar histórias.

Por lá já passaram onças, micos, índios e caças.

Sangue, seiva, ninhos e cantos de pássaros.

Hoje, tubulação.

Como é intenso e contraditório o prazer de estar aqui.

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